Calor que alimenta
Com o frio e chuva que imperam no outono nesta região, interior de brasserie e restaurante é como colo de mãe: acolhedor, quente e pródigo em benesses.( Na verdade, delícias que encantam o olhar mas exigem cuidado porque põem por terra qualquer dieta, rsrsr...)
Foi essa, a exata sensação ao entrarmos no Alberge de La Coquille, em Vèzelay, depois de um tempão na chuva acompanhando a solenidade dos escoteiros. O ambiente aquecido, rústico e claro, com velinhas nas mesas e toalhas imaculadamente brancas, nos encantou de início. E quando a proprietária nos recebeu ("Trois persons?”) com seu sorriso de gente boa, o “Instalez vous!”(acomodem-se) soou como música aos nossos ouvidos.
Cardápio em mãos, impossível não começar pelos scargots da Borgonha. Doze unidades para os três (pour partager = dividir ) suficientes àquela hora da noite. Em vez das tradicionais conchinhas, vieram numa cerâmica própria, com o característico molho de azeite, alho e salsa... a moda provençal mesmo. (A cesta de pães é imprescindível para que náo se perca nada do saboroso molho)
Em seguida o plat de resistance, como chamam por aqui o prato principal.
O boeuf a bourguignon do Ernesto estava derretendo de macio, com o leve toque do vinho enobrecendo o sabor marcante e bem equilibrado do molho com bacon.
No meu prato, o magret de canard(peito de pato) veio em fatias generosas e muito macias, com o molho bem apropriado. Ambos pedimos a mesma guarnição de legumes: couve flor gratinada (com creme de queijos) no ramequim, batatas assadas e tomate aquecido com azeite e salsa. Destaque para a couve-flor: divina!!!
A truta da Camila trazia uma camada densa de salsinha natural super picada (que parecia um purê) ao azeite e limão, que oferecia uma combinação diferente - simples e exótica ao mesmo tempo - mais arroz de curry.
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Cheiro de pão quente
Diante do cheiro de pão que nos despertou no domingo, náo pensamos duas vezes antes de corrermos para uma mesa do pequeno restaurante do nosso hotel. Ali, a mulher e o marido recebiam os hóspedes para o café da manhá com uma certa ansiedade até - já que a brasserie (padaria) onde também serviam o cafe da manhã na cidade - talvez a única - ostentava uma vitrine muuuuito sedutora. E este náo era um serviço barato no hotel: 8,50 euros por pessoa - ou seja, um café da manhã de 25,50 euros (pagamos apenas 60 euros pela diária dos trê).Percebemos depois, em outros hotéis por onde passamos, que os cafés da manhá sáo sempre caros pelo que oferecem e a expectativa para que os hóspedes o façam ali é sempre muito grande...
Bom, mas voltemos à mesa: além da baguete quentinha, cujo cheiro tinha ido nos buscar lá no quarto, nos foram servidos croissants únicos: crocantes, muito crocantes e secos, e macios...quase sem gordura? Acreditem! Mas o melhor mesmo foi o iogurte de fabricação caseira, com geléia de frutas vermelhas idem...Mais o leite e o café. No dia seguinte resolvemos fazer o desjejum na brasserie da vila: ficou metade do preço, mesmo com as deliciosas gougères, de que falei antes. Tudo ali estava igualmente delicioso: os pães, o leite, o queijo... Claro, afinal, estamos em Bourgogne!!
O creme brûlee de sobremesa estava delicioso - o perfeito creme de leite e ovos que os franceses sabem fazer como ninguém. Pena que veio gelado, inclusive a cobertura. Achávamos que o chef fosse caramelizar o açúcar no ato de servir com o mesmo maçarico que usara pouco antes para flambar um crepe. (Nosso amigo Erney Feltrin, cozinheiro dos bons, não perdoaria isso náo é Chef?? hehehe)
Ah! E o vinho? Para acompanhar os pratos o Ernesto escolheu uma variedade local proveniente das inúmeras vinícolas de Vézelay. (Na verdade, a maior parte da produção da cidade se restringe aos vinhos brancos, a partir das uvas Chardonay.)
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Cheiro de pão quente
Diante do cheiro de pão que nos despertou no domingo, náo pensamos duas vezes antes de corrermos para uma mesa do pequeno restaurante do nosso hotel. Ali, a mulher e o marido recebiam os hóspedes para o café da manhá com uma certa ansiedade até - já que a brasserie (padaria) onde também serviam o cafe da manhã na cidade - talvez a única - ostentava uma vitrine muuuuito sedutora. E este náo era um serviço barato no hotel: 8,50 euros por pessoa - ou seja, um café da manhã de 25,50 euros (pagamos apenas 60 euros pela diária dos trê).Percebemos depois, em outros hotéis por onde passamos, que os cafés da manhá sáo sempre caros pelo que oferecem e a expectativa para que os hóspedes o façam ali é sempre muito grande...
Bom, mas voltemos à mesa: além da baguete quentinha, cujo cheiro tinha ido nos buscar lá no quarto, nos foram servidos croissants únicos: crocantes, muito crocantes e secos, e macios...quase sem gordura? Acreditem! Mas o melhor mesmo foi o iogurte de fabricação caseira, com geléia de frutas vermelhas idem...Mais o leite e o café. No dia seguinte resolvemos fazer o desjejum na brasserie da vila: ficou metade do preço, mesmo com as deliciosas gougères, de que falei antes. Tudo ali estava igualmente delicioso: os pães, o leite, o queijo... Claro, afinal, estamos em Bourgogne!!
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