sábado, 3 de novembro de 2012

Van Gogh, o holandês


"Os Girassóis" uma das principais obras de Van Gogh, está em Amsterdã



                           


O Museu de Van Gogh (agora funcionando temporariamente no Hermitage Amsterdam enquanto o tradicional passa por reformas) é programa imperdível - principalmente para quem aprecia um pouco da pintura desse gênio holandês. Ali se percebe o quanto é insuficiente ter tido contado com suas obras em outros lugares, como em Paris( Museu D’Orsay ) ou mesmo no Masp em São Paulo, onde também há algumas telas de Van Gogh.                                                                                                                                                    Em Amsterdam se pode saber muito mais sobre a alma sensível do homem e do pintor Van Gogh; suas angústias e toda a sua trajetória artística (trágica tantas vezes) - além das principais obras; da técnica revolucionária que inclui sua passagem do impressionismo para o expressionismo; sua relação com os pintores da época. Isso é possível pelo conteúdo das inúmeras cartas ali expostas e escritas por Vincent Van Gogh ao seu irmão Theo, onde ele relata suas experiências, angústias e tormentos - sentimentos que vão sendo, ao mesmo tempo, expressos em suas telas. Diz-se que Van Gogh foi o pintor que mais escreveu cartas em toda a história. E isso facilita muito a compreensão de sua obra. Além disso, tudo é apresentado de maneira muito didática pelo Museu, com textos e cronologia bastante explicativos.                                                                                                                                      Apreciar de perto telas originais como “Iris”, “Girassóis” ou “O quarto” conhecidas à distância mas nunca vistas, e ainda mais nesse universo carregado de sensibilidade e desventuras, foi uma sensação que guardarei para sempre.

Ali também está "Os comedores de batatas", considerado a mais importante
 de suas obras, onde ele ignora as formas humanas até entáo utilizadas pelos clássicos para expressar sua maneira própria de ver - o que foi tripudiado pelos artistas da época.


                                                                          Crianças
Interessante notar a quantidade de crianças levadas pelos pais para apreciar essa e outras exposições na Europa. Além do olhar curioso e quase sempre atento, muitas levam caderninhos e tentam reproduzir algumas obras à sua maneira. Outras são conduzidas pelos pais a mostrar-lhes, por exemplo, como se aprecia uma obra impressionista. Outras ainda carregam livros de colorir com as obras, para “copiarem” as cores utilizadas pelos pintores.

                                                              Red Light District

Há poucos locais onde se consegue fotografar no Red District

Amsterdam é, realmente, uma cidade de muitos contrastes. O mesmo olhar que se prende a belíssimas torres de igrejas com sinos nos campanários anunciando o fim do dia, se depara, de repente, com inúmeros  sex shops , coffee shops com ampla divulgação e venda de maconha e vitrines com mulheres quase nuas se “apresentando” a quem passa, no Red Light District
 Muito já se ouviu a respeito dessas mulheres expostas. Achei até sutil a maneira como se apresentam: de biquíni (ou até sem), mas na luz tão difusa e vermelha (como o nome já diz). Claro que a circunstância choca. Mas, na verdade, as mulheres não ostentam muito além do que estamos habituados a ver nos desfiles de carnaval (sem o glamour destes). Há exposição semelhante nas sacadas dos bares da Bourbon Street em New Orleans.
 Interessante notar que a grande maioria - ainda que seja os homens -  é turista passeando para conhecer o local. Em nosso passeio noturno pelo Red Light, nos divertimos muito com a variedade do contingente feminino que por ali passeava: de rostinhos ingênuos típicos da Escandinávia a senhorinhas asiáticas bem idosas. Hahahaha. Mas, de novo lembrando minha amiga Katie “a gente tem que conhecer esse lugar, claro”.

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