sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

"Ai, Mouraria!"

Subindo o Morro de São Jorge para visitar o Castelo com o mesmo nome e que pode ser avistado de várias partes de Lisboa, passamos pela "Mouraria" , figura da canção que tanto ouvi meu pai cantar, quando eu era criança.
"Ai Mouraria, dos rouxinóis nos beirais, dos vestidos cor-de-rosa, dos pregões tradicionais!", ainda posso ouvi-lo, sonhando com as belezas, amores e desventuras que - como descubro agora, na minha estadia em Lisboa - nasciam nessa parte boêmia do bairro de Alfama para celebrizar-se nos versos de poetas e nas vozes de fadistas consagrados, como Amália Rodrigues. Mouraria era uma referência ao local onde viviam os mouros, principalmente árabes e judeus.
 

A Rua da Mouraria tem uma escada muito íngreme...




...mas inevitável para quem mora ali.


Chegar ao Castelo Sáo Jorge de ônibus, trafegando pelas ruas e ruelas que contornam o Morro, mostram que os integrantes desses povos ainda vivem ali, desenvolvendo atividades que vão do comércio estabelecido ao ambulante, passando por serviços com bares e restaurantes. Esse trajeto mostra ainda, o que muitos monumentos de Lisboa ja tinham denunciado: a falta de cuidados, principalmente limpeza, com peças importantes do patrimônio histórico e cultural da cidade. A Alfama - bairro tradicional da Lisboa antiga - a exemplo do nosso Pelourinho, em Salvador, acabou ficando à margem da dinâmica da cidade, na ausência de atividades e funções capazes de integrá-la ao ritmo atual.


Bucólicas, as ruas da Alfama, no colorido dos prédios, 


e na graça das fachadas, inspirou muitas canções românticas, ainda cantadas ali por fadistas de todas as idades.



----OOO000OOO-----








Nenhum comentário: