quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um olhar sobre o "Porto"


Embora estejamos em Nice, na França, iniciando a última etapa de nossa viagem, náo quero deixar de comentar sobre a Cidade do Porto, que me impressionou bastante.



Ter criado o incomparável  "Vinho do Porto" ja dignifica a cidade perante muitas outras ao redor do mundo.  Agora, ter buscado soluções táo interessantes - e monumentais - em diferentes épocas, numa geografia tão complicada, faz da Cidade do Porto um local realmente inusitado. Debruçadas sobre o rio Douro, as fachadas coloridas formam uma paisagem deslumbrante, emoldurada por torres de igrejas medievais. Mas escondem uma realidade difícil. A cidade do Porto arca com um patrimônio histórico e cultural  - da humanidade, designado pela Unesco - que, apesar de belíssimo, é de dificil gestão, pois boa parte dos edifícios grandiosos construidos há séculos não se incorpora ao ritmo atual e acaba se prestando à sub-habitação. 


A ferragem e detalhes na arquitetura das fachadas marcam as construções do século 17

 
A partir de Gaia, deste lado, pode-se ver o Vale da Ribeira,
 local dos mais agitados do Porto



Uma das seis pontes que ligam a cidade, acima do Douro, localizado num ponto incrivelmente mais baixo



O Vale da Ribeira, com os arcos onde se instalam boa parte dos restaurantes, e onde tudo acontece - inclusive os cruzeiros pelo Douro (abaixo)



O passeio pelo rio, apesar de um pouco monótono, mostra toda a extensão da encosta do Douro até o seu encontro com as água do Oceano Atlantico.



Duas coisas muito comuns na Cidade do Porto: as roupas nos varais das fachadas e o azulejo azul portuguës decorando casas e monumentos.
  
Chegamos à Porto um dia antes do programado, uma sexta-feira à noitinha, porque uma greve geral previa desativar o transporte de trens no sábado. Só incluimos a cidade no roteiro  porque de lá faríamos um voo de volta a Marselha, no sul da França. Assim, não estava no programa visitarmos qualquer adega ou vinícola, apesar do apreço pelo vinho.
Escolhemos um hotel no centro mais afastado, pois queríamos a comodidade de um espaço maior. Mas o city tour, que vale a pena, nos levou aos pontos principais. A reserva foi feita no próprio hotel para dois dias. Assim, pudemos conhecer os locais desejados, utilizando as inúmeras paradas do ônibus em toda a cidade.
Detalhe: o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro, do Porto, é super moderno e funcional, com um sistema excelente de atendimento. E possui várias lojas, inclusive de vinhos, para as compras de última hora - que não puderam ser feitas na cidade - com preços até bem razoáveis.



No centro comercial, a arquitetura clássica, de uma das maiores cidades de Portugal



A beleza das Igrejas decoradas com a arte dos azulejos. Preservadas...



...mas necessitando de maiores cuidados, como grande parte dos monumentos em Portugal.

Experiência Gastronômica?

Come-se muito bem na Cidade do Porto, assim como em Lisboa, pratos de bacalhau, peixes e frutos do mar. Vínhamos de Lisboa e assim que chegamos resolvemos conhecer o centro histórico, às margens do Douro. Tudo praticamente fechado. Perguntamos a um garçom que recolhia cadeiras de um espaço externo no Vale da Ribeira, se estavam fechando. "Sim, mas podemos atendê-los la dentro, pois a cozinha fecha às 23 h". Assim é que chegamos ao Chez Lapin. De início, uma surpresa: desciam, pendurados no telhado, chaleiras, chapeús, pandeiros (inclusive do Brasil), gatos de pelúcia, bengalas, cabaças e outros objetos bem inusitados. Mas o local era bem aconchegante.


 Assim que nos sentamos, no salão minúsculo, vejo uma foto da Regina Duarte abraçada ao chef de cozinha de anos atrás. Pedimos "pastel" (bolinho) de bacalhau. Nem parecia ter sido frito em óleo - de táo sequinho e crocante. Pedimos alheira - embutido típico de alho, frango e páes, porque a garçonete nos recomendou "apenas uma dose" de bacalhau para os  dois. Sensacional a alheira e o bacalhau, que veio depois. Tive a certeza de que estava em um dos melhores restaurante do Porto. Fomos a outros depois. Mas o Chez Lapin é incomparável. Voltamos para provar o polvo - especialidade máxima da casa, que os espanhois por ali adoram.



O polvo, que de táo bom quase nem sobra para a foto (rsrsrs)



E a fachada do Chez Lapin, embutida num dos arcos do Vale da Ribeira à rua dos Canastreiros, 42-44.

Outro restaurante que vale ser experimentado no Porto é o Capa Negra, próximo ao hotel onde ficamos hospedados, à rua Campo Alegre 191 - no Campo Alegre. Entre os pratos mais apreciados, a especialidade maior do Capa Negra são os lanches Francesinha,
 típicos da Cidade do Porto.


                                                           -----OOO000OOO-----




























Nenhum comentário: