quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bruges

Antes mesmo de conhecer Bruxelas, tinha vontade de visitar Bruges. É realmente uma bonita cidade, com sua arquitetura gótica e secular muito bem preservada, suas praças e um canal - o maior diferencial do lugar.
Mas, como qualquer cidade turística, Bruges está, literalmente, tomada pelo comércio –  caro -  que quase sufoca sua bela arquitetura.                                      
Um charme os cafés ao redor das praças e nas ruelas, a feira na praça central e as bicicletas, usadas principalmente por mulheres em todas as partes.Com tempo para esse passeio, pode-se visitar os inúmeros museus, entre eles obras de Picasso e Salvador Dali


O canal empresta uma imagem bucólica...

    
...a esta área mais distante do burburinho central
 


A idade da edificação se revela na fachada


    
Se a Bélgica é a terra da cerveja...
  
...este bar é o seu templo
 

Explicações didáticas para a compreensáo da cerveja
  
Um belo cenário: a busca da noiva pela cidade


A feira movimenta o centro


As mulheres e as biciletas em Bruges

 

domingo, 28 de outubro de 2012

Arte em St Michael

A Igreja de St Michael e St Gudula é um dos mais belos monumentos de Bruxelas. Foi construida no século IX ( seculo nome mesmo!!!) e o estilo gótico lembra a Catedral de Notre Dame, em Paris. 






Esculturas 

Dentro da Igreja, chama atenção nesses dias a belíssima exposiçãoTerra Bronze, com peças da escultora Myriam Kahn (atelier.myriam.kahn@skynet.be
).  Fotografei algumas peças para minhas queridas amigas, artistas plásticas, Lisa França, Cidinha Bertazolli e Marília Curyk, que executam trabalho semelhante.




sábado, 27 de outubro de 2012

Para vencer o frio

                                                              Nossas blusas de lã!  



Bruxelas, temperatura 7o. chuva fina.
Com uma temperatura tão baixa, que tal aquelas blusas de lã quentinhas e macias que temos no armário e quase nunca temos chance de usar no inverno brasileiro? Hummm! Parecem confortáveis! Engano. Na rua, sob qualquer casaco, sempre obrigatório nessa situação, elas aquecem e confortam. Mas quando se entra em qualquer ambiente fechado....ufa!!! A vontade é "arrancá-las", literalmente.

Depois de alguns dias frios e chuvosos em Paris, e de outros dois aqui em Bruxelas com temperatura mais baixa e chuva fina no dia cinzento, já deu pra perceber o que vale a pena ter na mala para essas ocasiões - pela experiência e pela observação dos belgas nos locais públicos. 

O ideal são as calças jeans, sem dúvida alguma. Com bota e meias grossas, claro, se o frio estiver intenso. Mas o que vai acima da cintura é o x da questáo...rsrsrs
Uma blusa fina, de tecido ou malha de algodão leve, é o mais adequado para ficar em contato direto com a pele. As camisas são perfeitas na minha opiniáo. Sobre esta, uma blusinha mais quente, mas ainda leve, de malha ou lãzinha. E pronto! É so colocar o casaco - de lã, nailon, sarja... Porque esse vai, realmente, proteger do frio e do vento nas ruas. Para completar, so falta o verdadeiro coringa: um echarpe, cachecol, foulard O frio desses dias exige um de lã mesmo, e longo, para se enrolar varias vezes em volta do pescoço! 

Carinhos & cachecóis

Ah! Os cachecóis! Estou amando nesta viagem dois que ganhei de presente há alguns anos de duas amigas queridas. Um de lã amarela e coloridinha, da Celia Maciel e outro cinza escuro mesclado da Gilda Papis. Eles me trazem sempre a lembrança delas. O melhor de tudo? Foram feitos por elas próprias.

Hermanas
Na antevéspera de minha viagem, em meio a correria em que estava, decidi chamar meus irmãos, cunhados e sobrinhos para almoçar em casa. Sobrinhos foram chegando, cunhados, minha tia...mas minhas imãs Silvia, Tania e Estela náo apareciam. Passava da uma da tarde. Fui ficando triste e um pouco preocupada.
De repente chegam as três, se desculpando pelo atraso e me entregando uma linda sacola. Dentro, um belíssimo xale de lã preto com pintinhas coloridas (lindo!) e uma boina de lã, que correram comprar para que eu não saisse do Brasil desguarnecida...Coisas de irmãs mesmo, náo é hermanas?  Fiquei feliz e muito emocionada!
Valeu queridas!!!!


Percebo que as belgas usam cobrir as cabeças com boinas, gorros e até chapéus. 
Mas com todos esses agasalhos - sem as blusas de lã grossa por baixo do casaco - entrar em qualquer local aquecido, seja metrô, bar ou loja, fica bem mais confortável. Basta afrouxar o que estiver aquecendo o pescoço.

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Bruxelas, temperatuva + 1 grau

                        





(Segunda 18 graus; Sexta 7 graus)

Foram dois dias de chuva. Hoje o sol voltou a iluminar um céu muito azul. Mas o frio é de doer. A pele do rosto arde, os olhos lacrimejam.



Vista do nosso ap dia que chegamos (sol)


Vista do mesmo local, ontem, (chuva e neblina)


       

               Mas a cidade está linda!  
O brilho solar realça tudo! Os monumentos ganham nova vida!


Monumento em frente o Palacio Royal e, ao fundo, a cúpula da Catedral, em reforma.

O Palacio Royale ,com sua belíssima arquitetura clássica.



E essa intrigante contrução, com o anjo,'abriga o Museo de Magrite, artista belga que acabou por impulsionar a pop art .


O bom gosto e a sutileza nos detalhes da arquitetura


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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Segunda semana, Bruxelas!



Bruxelas lembra Paris – perdoem, mas é impossível não comparar, principalmente chegando da França: mesma língua, mesma cor dos prédios, clima quase o mesmo... Se o primeiro contato é com a imensa área próxima ao Palácio Real, Bruxelas parece...digamos, uma Paris mais sisuda.  Não só pelo semblante dos belgas - com o forte traço dos nórdicos - e sim, sobretudo, pela seriedade da arquitetura.
Mas se você começa a visita pelo centro antigo, nas proximidades da Gran Place, a impressão é outra. Uma cidade belíssima, com sua arquitetura típica e ruelas bucólicas, a pedir uma câmera em cada cruzamento. Na Gran Place, beleza absoluta. Um dos locais mais lindo onde já estive. 
Com seus suntuosos predios seculares, a Gran Place emociona não só pela riqueza da arquitetura...


.. mas pela excelente conservação e aproveitamento do patrimonio valioso... 

...e pela grandiosidade de todas as edificações.
 
Sim, duas línguas oficiais.
Logo de início Camila – nossa filha que mora em Bruxelas há cinco meses - faz um aviso: não se assustem com TUDO escrito em duas línguas: o francês e o deutch. Por uma herança histórica de diversas dominações, a Bélgica é um país que une povos provenientes de regiões da França e Holanda. Assim,  tanto o holandês como o francês" sáo considerados línguas oficiais. É lei federal o uso dos dois idiomas, aplicados religiosamente em tudo: de anúncios pela cidade a indicações de preços e alimentos em supermercados. E em mapas e nos nomes das estaçoes do metrô - o que chega a confundir os menos avisados.
Estranho ou não, esta é a maneira encontrada para que dois povos, que por circunstäncias historicas acabaram vivendo no mesmo pais, mantenham sua identidade.  .
Parque deslumbrante 
O Parque Royale, repleto de esculturas modernas a ressaltar os símbolos belgas, é deslumbrante! Principalmente nessa época do ano. As árvores, cujas folhas já não são verdes, estão tingidas de amarelo ou vermelho...E oferecem um espetáculo único.

Pássaros regorjeiam entre os galhos, as folhas vão se desprendendo ruidosamente em direção ao chão...Cenas para serem apreciadas por horas até...
  Não parece uma obra de arte?
                Como numa sinfonia de outono, pronta a ser imortalizada e que deixaria deslumbrado qualquer pintor impressionista.

Símbolo


Esta escultura é uma “couve de bruxelas”, um dos símbolos da cidade – como a cerveja, o chocolate – sendo ”trazida por uma cegonha”, numa montagem do Parque Royale.

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Paris - 16 de outubro – Chegamos ao aeroporto!


Carol, minha filha que mora em Paris há três meses, por mensagem no Whatsapp (às 10:13 am):
“Alguém deu sorte e vai chegar com tempo bom em Paris! PS: Mas ainda ta frio....”

Chegamos! Com frio, terça-feira, numa Paris de céu azul (Choveu até ontem!)

De dentro do ônibus da Air France, que nos levou do Aeroporto Charles De Gaulle a Place de L’Étoile, já vemos a Carol sentada nos esperando! Delicia matar saudades...

É, as árvores já vão se tingindo de outono, até o inverno as deixar completamente nuas...



Maravilha estar em Paris!

Desta vez colocamos o Museu D’Orsay no início da programação. (Volta a chover!)  Estamos ansiosos para ver as obras dos impressionistas (em São Paulo foi só uma amostra)


Esculturas magníficas: Cavalier, Pradier, além de Rodin e Carpeaux – este criador da emocionante “Dance” escultura em mármore branco que depois de permanecer quase 100 anos sob sol e chuva na fachada do Opera House, a poucos km dali, é recolhida ao Museu e dá lugar a uma réplica.
Toda a expectativa recai sobre o 5º andar, onde esta o maior acervo dos impressionistas, arte maravilhosa de se ver e sentir. Manet, Renoir, Pissarro, Fantin-Latour, Cèzanne, Toulouse Lautrec, muitos deles mostrando uma Paris efervescente após o fim da 2ª Grerra. E tem ainda Van Gogh, Gauguin. De repente você se vê, simples ali, entre um Rodin e um Monet...
A visita ao D’Orsay consumiu nosso dia. Saímos pouco antes das 6 da tarde (entramos antes do meio dia). Mas valeu a pena cada segundo.
Visita tão esperada, mas longa, que deve ser programada mesmo para:

1 – inicio da viagem, quando se esta mais receptivo a tudo a tudo que se vê;
2 – primeiro programa do dia, quando pés e pernas ainda estão bem descansados para enfrentar uma jornada assim longa.

As primeiras luzes anunciam o fim do dia...Apesar da chuva fina, a tarde ainda convida para o passeio.



Do lado de fora do Museu, a tarde refrescada pela chuva sugere o caminhar tranquilo pela “rive à gauche”, o lado esquerdo do Rio Sena, com suas embarcações, indo e vindo...Uma cena sempre bela, que não se cansa de admirar- em qualquer tempo, a qualquer hora do dia!

Na grade de proteção da Pont des Arts, os milhares de cadeados, uma atração a parte. São presos para manter unidos os corações de casais apaixonados que por ai tem passado ao longo de décadas...

Hora de almoçar! Ou jantar? (horário de Brasil, ainda
O Café de Beaux Arts convida para uma pausa. No menu, boeuf a bourghignon com tagliatelli, de entrada sufle de ovos(explêndido). Delicioso momento, na companhia de um tinto da Alsacia.



Na Fonte Saint Mitchel, território dos estudantes, gente bonita e alegre desfruta da chegada da noite. (pausa para uma foto
As principais universidades estão nas proximidades: Sourbonne, Science Po, Ècole de Medicine, Ècole de Droit (Direito)


Chegamos ao Quartier Latin – esse mundo de mundos distintos. Acho que é o centro da diversidade em Paris...                                                        
Mas por que Quartier Latin? Segundo consta, naquela área, antes de o ensino ser institucionalizado, o conhecimento era transmitido em latim pelos mestres da época,e, o mais curioso, das janelas dos prédios para os interessados que se prostravam do lado de fora.
Caminhar pelo Q Latin hoje é se embrenhar num universo gastronômico sem paralelos...os clientes são disputados a dedo nas ruas, enquanto se preparam os quitutes nas mais variadas cozinhas: mexicana ou tailandesa, alemã ou grega, portuguesa ou italiana


Leitão no rolete para atrair cliente no restaurante italiano


Peixes e legumes na vitrine do restaurante belga 


                             

















                                       Mas para quem acabou de “almoçar”, que tal um Amorino?

Um “gelato” dos anjos, da mais pura “qualitá e tradizione” Anuncio logo comprovado. Depois da difícil escolha entre os quase 20 sabores que se insinuam na vitrine, um sorvete em forma de flor...Huummmm! Pistache, nozes e amarena. Ou franboesa, chocolate e nozes...
Só provando pra crer!!!



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 Quando o tempo ajuda, caminhar sempre é um delicioso programa nessa belíssima área central de Paris. Assim, do Quartier Latin  seguimos para Boulevard San Germain pelo Saint Mitchel. Neste passamos pela colossal Giber Jeune ,  livraria de quatro andares – tem quatro somente nessa mesma rua -  sempre apinhada e gente. É visível o quanto a leitura é cultivada entre os franceses. (Em qualquer trajeto de Metro, a qualquer hora do dia, percebe-se que apenas metade das pessoas manipula o celular alheio a tudo; a outra metade lê  (jornais, revistas, livros). E só uma pequenina parcela, como nós, presta atenção ao que os outros fazem. 
  
É noite alta quando resolvemos voltar pra casa. Caminha-se muito, mas, o que é melhor: quando se cansa há SEMPRE uma estaçáo do metro bem perto de você.
O parisiense  gasta boa parte do seu tempo no Metrö. Os trajetos quase sempre são curtos e rápidos. Mas o metro e usado por todos e para tudo: trabalhar, passear, ir a compras, escola ou médicos. "Ter carro próprio não é uma necessidade em Paris". O transporte coletivo conduz as pessoas para onde elas precisam. Assim,  náo perdem tempo com trânsito, com estacionamento. Aproveitam  o tempo para passear, ler no metro. “Mae, e impressionante, náo se sente em Paris aquele stress de São Paulo”, compara a Carolina.
Mas nem só de metrë se transporta: bicicletas e patinetes fazem parte do dia a dia. Patinetes, quem se lembra??? Pois é, para fugir dos carros até patinetes sáo usados pelos franceses. É comum se encontrar pessoas ( mães com crianças maiores principalmente) munidas do seu patinete a porta de saída do metro.